sábado, 26 de junho de 2010

"Os vampiros da causa"

"A causa timorense tem muitos amigos. Alguns são tão empenhados que até se dizem jornalistas para terem alguma liberdade de movimentos. É verdade que, por vezes, até colaboram com alguns órgãos de comunicação social. É verdade que, por vezes, o seu trabalho até ajuda a encontrar a verdade. Só que no jornalismo não podem haver causas. Jornalismo é verdade e rigor.
Estes «jornalistas» não passam de activistas capazes de tudo (até das maiores mentiras) em nome de uma causa que dizem ser sua.
Dois ou três destes «jornalistas» estão neste momento em Timor Lorosae e estão a tornar-se num sério problema para a segurança de toda a gente, Timorenses e pessoal da UNAMET. Descobrem documentos da CIA em tocas de ratos; têm um papel activo nos acontecimentos incentivando revoltas, sempre de câmara de filmar em riste; furam todas as regras de segurança; mentem da forma mais vil para o mundo «ajudar» a defender a sua causa.
Há uma coisa que estes «grandes amantes» da causa timorense nunca dispensam: receber a peso de ouro as «informações» que dizem ir conseguindo, as imagens que muitas vozes encenam para que o dramatismo seja maior e as mentiras do tamanho do desejo da sua invenção.
Não passam de mercenários. Vampiros que procuram sangue (e quanto mais melhor) para ganharem muito dinheiro."

Luciano Alvarez
Aquilo que nunca se pode esquecer

sábado, 19 de junho de 2010

Poesia *

"O homem habita poeticamente na terra, mas também prosaicamente e se a prosa não existisse, não poderíamos desfrutar da poesia".

Edgar Morin
Gosto *
estudar ética e deontologia profissional dá-me a volta à cabeça, tenho dito!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Jornalismo *

Enquanto estudava para o exame de Ética e Deontologia Profissional, deparei-me com o vou passar a citar em seguida, e como aspirante a jornalista não resisti a partilhar.

"O jornalista não deve revelar, mesmo em juízo, as suas fontes confidenciais de informação, nem desrespeitar os compromissos assumidos, excepto se o tentarem usar para canalizar informações falsas".

Artigo 6 do Código Deontológico do Jornalista Português


Em relação a esta situação, Óscar Mascarenhas, no 3º Congresso dos Jornalistas Portugueses (1998), disse o seguinte:

"Lido académica ou juridicamente, quer dizer que sempre que uma fonte anónima dá uma informação falsa, o jornalista pode identificá-la. É o podes! - grita-nos a ética de cá de dentro. Mesmo depois de passar pela prova do dolo, ou seja, estarmos convictos de que, além de nos ter sido prestada uma informação falsa, houve intenção suja de prestar essa informação falsa, abre-se um longo e muito doloroso período de reflexão, consulta aos amigos e ao travesseiro, para saber se iremos usar, pela primeira vez, de prerrogativa que o Código Deontológico nos concedeu! E o mais certo é que o jornalista se silencie e assuma as consequências desse seu heroísmo: se mais ninguém sabe que o jornalista é um herói, pelo menos sabe-o ele - e é quanto basta!".


Só tenho pena que haja cada vez menos "heróis" no jornalismo!

terça-feira, 15 de junho de 2010

"Meu dever é de falar, não quero ser cúmplice. Minhas noites seriam atormentadas pelo espectro do inocente que paga, na mais horrível das torturas, por um crime que ele não cometeu".
Émile Zola, in "J'Accuse"